O Sindicato dos Policiais Civis em Pernambuco (Sinpol) começa nesta segunda-feira (6) a Operação Polícia Cidadã, com o objetivo de pressionar o Estado por melhores condições de trabalho.
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De acordo com o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, o protesto consiste em seguir rigorosamente os procedimentos previstos na legislação para atuar. "Por exemplo, o boletim de ocorrência, para ser registrado, precisa ter a presença de um delegado. Um investigador não pode sair sozinho, porque arrisca sua vida, tem que ter pelo menos dois", explica.
Por isso, conforme Cisneiros, as medidas que serão tomadas a partir de então farão com que os serviços da polícia atrasem. "Não podemos fazer polícia de improviso", afirma.
O Sinpol diz ainda que está trabalhando com apenas 40% do efetivo. "Várias delegaciais estão fechando e tem muitos inquéritos parados por falta de investigadores. As pessoas estão pedindo para sair da polícia", protesta o presidente.
O presidente do Sinpol atribui o aumento da violência ao descaso com que os trabalhadores são tratados. No primeiro trimestre de 2015, 982 pessoas foram assassinadas, uma média de 10,9 por dia. O aumento é de 18,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando 154 foram mortos.
A meta de redução da violência, estabelecida pelo Pacto Pela Vida, é de 12%. "A gente quer cumprir as metas, mas se o Estado não der a mínima condição de trabalho, não vai dar para cumprir", protesta.
Do NE10
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