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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

RIO - DISQUE-DENÚNCIA NA INTERNET EM 3 MESES


RIO – O serviço do Disque-Denúncia, que começou a operar quando os números de telefones tinham apenas sete dígitos, completou no domingo passado 15 anos. Neste período, foram mais de 1,45 milhão de ligações e R$ 230 mil em recompensas pagas. Essa parceria entre a ONG Movimento Rio de Combate ao Crime (MovRio) e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro já ajudou a polícia a prender bandidos, desbaratar sequestros e apreender armas e drogas. Daqui a três meses, o serviço será ampliado: as denúncias também poderão ser feitas pela internet.

Superintendente do Disque-Denúncia, Zeca Borges espera receber informações melhores e em maior quantidade quando o novo canal estiver consolidado. Com a nova tecnologia, os usuários poderão enviar ainda fotos e documentos acerca de crimes.

“Quando tivermos denúncias pela internet, esperamos que haja um aumento de 40% do volume do material recebido hoje. A intenção é ir mais longe, fazer um upgrade da qualidade das denúncias para que possamos receber informações sobre fraude fiscal, evasão fiscal e crimes de colarinho branco. Hoje, há muita informação sobre boca de fumo, assalto a transeunte. Não queremos ficar no varejo, mas chegar a crimes de fazenda, desvio de verbas públicas. Isso só será possível com o serviço pela internet”, disse Borges.

Uma das principais marcas do Disque-Denúncia é a garantia do anonimato de quem passa informação. E essa é uma das causas para que as denúncias pela internet ainda não estejam no ar. Ajustes e testes estão sendo feitos para que não haja qualquer possibilidade de rastreamento. “Garantir o anonimato com segurança é o nosso desafio agora. Queremos lançar o serviço com o nosso padrão de confiabilidade”, explicou Zeca Borges.

Outro problema previsto é a possibilidade de o número de denúncias crescer tanto que atrapalhe o serviço. Um grupo fará a triagem dos dados. Além disso, o número de crimes que poderão ser denunciados via internet será limitado a, no máximo, três. Aos poucos, o serviço será ampliado.

Para analisar as informações que chegam, foi necessário montar uma equipe que conta com atendentes, policiais e especialistas de diferentes áreas. Ao todo, são 101 funcionários, sendo que 43 ficam nos postos de atendimento telefônico. Há 15 anos, eram apenas 11 atendentes.

Para o delegado Rivaldo Barbosa de Araújo, subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança, o serviço é uma ferramenta fundamental de participação da população: “O Disque-Denúncia hoje é parte integrante do sistema de inteligência do Rio”.

Fonte - Cláudio Motta
Agência O Globo

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